Diário de Mucuri

RIO MUCURI À BEIRA DO COLAPSO: BARRAGENS, POLUIÇÃO E O FANTASMA DE ABROLHOS AMEAÇADO

O Rio Mucuri, outrora sinônimo de vida e abundância, hoje é um retrato sombrio da destruição. As barragens erguidas pela Suzano e o despejo contínuo de efluentes industriais estão transformando um dos principais rios do Extremo Sul baiano em uma cicatriz de lama e silêncio.

O cenário é dramático: águas turvas, peixes mortos e o cheiro ácido de contaminação. A promessa de “controle hídrico” virou uma armadilha ecológica. Com as comportas fechadas e o fluxo natural estrangulado, o rio não respira — e os resíduos se acumulam como veneno líquido.

Especialistas alertam que o colapso do Mucuri pode ter efeitos devastadores muito além de suas margens. A foz do rio, a poucos quilômetros do oceano, é porta de entrada para o Arquipélago de Abrolhos, o maior santuário marinho do Atlântico Sul. Qualquer carga poluente que avance rumo ao mar ameaça corais milenares e o berçário natural das baleias-jubarte.

Enquanto isso, as estradas por onde transitam as carretas da Suzano se tornam crateras abertas, ferindo o solo e denunciando o peso da ganância. O poder econômico da empresa se impõe sobre comunidades fragilizadas e uma fiscalização que parece de joelhos.

O Mucuri agoniza, Abrolhos observa, e o Brasil silencia.

Por Redação.

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